Estava no rumo de casa, no ônibus, p. da vida por um problema no trabalho, tensa pensando na apresentação do meu projeto de TCC da especialização, tentando me distrair e ficar animada com o tempo mais fresco que a frente fria trouxe quando uma movimentação estranha no trânsito me tirou desses devaneios. De repente vejo pela janela uma patrulha da PM fechando uma pista. Pensei logo em alguma batida, afinal é a curva em frente à Rodoviária Novo Rio e eu tinha acabado de ver uma batida de fato em frente à Leopoldina e uma quase batida na altura da Prefeitura.
Não era nada disso.
Um homem tinha acabado de morrer no meio da pista e um policial estava começando a cobrir o corpo. Era jovem e usava uniforme de rodoviário.
A vida dele acabou ali, vítima de atropelamento.
Depois de pedir pela alma dele senti que os meus “problemas” não são nada. Lembrei da minha secretaria do lar falando que a única coisa que não tem jeito é a morte e que na maior parte do tempo a vida só é complicada porque nós queremos que assim seja.
Nossa passagem por aqui é um lampejo e a realidade desse clichê foi esfregada na minha cara.
Lá estava eu matutando sobre o tema ao entrar no elevador do meu prédio quando percebo de repente que no lugar de subir estou descendo. Eis que a porta abre e vejo um jovem casal e uma menina de seus dois anos fazendo birra. Na hora que a mãe chamou a mocinha para entrar no elevador ela fugiu para o outro lado do saguão e ficou de cócoras fazendo beicinho. O pai segurou a porta enquanto a mãe argumentava com a menina. Minutos passando e eu perdendo a paciência, mas vamos lá, tento ser solidária com os pobres pais e não reclamo. Finalmente a mãe cansou e pegou a garota no colo.
- “Bem, finalmente vamos subir”, penso eu.
A garota veio se debatendo e chorando no colo da mãe e... tcharam, bateu com a cabeça na porta do elevador. Nem tive tempo de pedir licença para sair. A porta se fechou e a menina ficou muda, cada vez mais vermelha... BEM na minha frente. Dez segundos eternos se passaram antes da guria começar a gritar loucamente a ponto de sentir o meu tímpano latejando... Gritos dados com toda a força, reverberando dentro do elevador. Eu que já não estava de bom humor quis morrer nesse breve-eterno intervalo até meu andar.
- “É, esse foi um sinal divino para deixar bem claro que essa missão não me pertence nesta encarnação”.
"A veces uno cree que es la rueda dentada que no funciona en el reloj, pero después descubre que todo el mecanismo está herrumbroso." Yoani Sánchez (http://www.twitter.com/yoanisanchez)
Acordei com vontade de deletar as contas que tenho em redes sociais... Orkut, Fotolog, Linkedin, Facebook, Hi5, Twitter... Acho que estou com overdose de informações, por isso nos últimos dias tenho entrado muito pouco... Operação faxina: acabei de deletar a conta no Hi5 *\o/* !!!
Estive em Belém a trabalho por uma semana e no dia de folga fomos conhecer a cidade. O tempo foi curto, mas conseguimos almoçar na Estação das Docas e adorei o local! Escutei a turma comentando que a ideia e fazer o mesmo com as Docas aqui do Rio... Tomara que tenham a mesma criatividade e bom gosto ;).
Dias estranhos no Rio de Janeiro... Realmente escolhi a dedo a época de retomar o trabalho fora de casa. Primeiro o calor insuportável, depois a onda de violência crescente que teve seu auge ontem. Sinceramente, hoje vou ficar trabalhando em casa.
A certeza podia ver de forma menos dolorida. Vamos lá, é hora de desapegar dos projetos falidos e se jogar na incerteza. É hora de seguir os bons ventos.
Perdi um pouco a paciência com o blog porque ele não aceita que eu cole textos que escrevi no word, mas cá estou de volta. Trabalhando muito, terminando obra em casa e com muitas perspectivas boas para o futuro ;).
Primeiro livro do ano "O seminarista", do Rubem Fonseca. Achei bacana, mas confesso que queria mais... Lembro de Agosto e acho que nesse romance ficou devendo.
Acordei lembrando de um sonho estranho mais uma vez... O avião em que estava com a coala caiu no mar logo depois de decolar, mas foi tudo meio em câmera lenta e o avião deslizou suavemente na água. Quase todo mundo conseguiu sair e ficamos muito tristes ao saber que uma juiza conhecida nossa tinha morrido.
Conhecida nossa só no sonho.
Não faço ideia de quem era essa pessoa, uma mulher baixinha, de uns cinquenta e muitos anos gastos, envelhecida mesmo... cabelos pretos, corte chanel, franjão reto e um olhar meio Bette Davis.
Em outra parte do sonho estávamos andando pela rua em grupo, meio que programando uma saída, mas por algum motivo a ideia morreu e todos começaram a se despedir. Ao abraçar uma amiga nossa que teve neném recentemente perguntei quando poderíamos conhecer a criança. Ela virou e olhou para o marido com uma cara meio estranha e depois escreveram o endereço em um papel falando que a gente poderia ir e tal. Quando eles já tinham ido abri o papel e vi que só tinha rabiscos. Nem faz falta dizer que fiquei megatriste. Uma coisa que noitei ao abraçar essa amiga é que ela tinha um bracelete de... pelo. Isso mesmo, pelo, crescendo no braço como se fosse um bracelete, blergh.
Hoje acordei sonhando com tiros de novo, mas dessa vez foi pistola. Estava no banco de trás do carro do pai de um amigo. Sei lá o que houve, um estresse idiota no trânsito e um maluco veio atrás da gente atirando e só percebi isso quando uma bala fez um buraco no vidro de trás. Tentei me abaixar e fiquei pensando no que ia acontecer conosco caso o cara conseguisse alvejar o meu amigo e o carro capotasse...E acordei no pulo, 5h50 da mattina nesse climão. Blergh.
Sexta acordei sonhando que tomava uma rajada de metralhadora nas costas. Isso mesmo “sonhando”, porque não fiquei assustada com a iminência da morte... Na verdade foi meio que em slow motion e pude sentir cada bala entrando, depois a umidade do sangue empapando a roupa e não senti nenhuma dor. No finzinho estava imaginando o tamanho das balas que tinham me acertado e pensei algo como “se não estou sentindo nada é porque deve ter acertado a coluna”. Foi muito estranho, mas acordei bem e quis tentar dormir de novo para ver onde isso iria parar.
Aliás, em questão de sonhos aconteceu uma coisa nova: esses dias consegui dormir e retomar um sonho do ponto onde tinha parado.